A B.done começou depois de uma iniciativa da nossa CEO, a Cah Morandi, abrir a agenda dela para mentorar alguns projetos, e como vocês devem já ter ouvido por aí, essa mulher é uma máquina de vendas. Resultado? 3 propostas na mão e alguns desafios de marketing e vendas a resolver.
A pandemia tinha recém-começado no Brasil, e o isolamento social somado a instabilidade do mercado causou um verdadeiro rebuliço nas empresas e na vida das pessoas. Com a gente não foi diferente. A Cah decidiu sair da agência onde trabalhava para colocar as ideias empreendedoras em prática, e eu (Débora) tinha acabado de decidir ficar pela Austrália mesmo, afinal, já tinha arrumado trabalho e a vida começava a funcionar. Mas perdi meu trabalho por aqui tão logo o mundo colapsou.
Diante desse cenário, não nos restavam muitas opções senão encarar os desafios impostos pela pandemia. E navegar esse mar turbulento que estava por vir. Se é verdade que mar calmo nunca fez bom marinheiro, a gente tinha dado o start nesse oceano em modo hard. Aliás, até contamos por aqui um pouco mais de como foi esse processo.
Assim, começamos a executar nossos primeiros projetos, e com eles, todas as dúvidas de se colocar uma ideia para rodar. Apenas a título de spoiler: ainda não encontramos a resposta para todas as perguntas.
A liderança feminina
A liderança feminina costuma ser pauta nas empresas, principalmente no mês de março. Curioso isso, parece que durante o resto do ano o assunto fica adormecido. Mas para nós, mulheres, esse tema é cotidiano. De janeiro a janeiro.
Tanto eu quanto Cah tivemos a oportunidade de liderar times antes de empreender. O que foi uma grande escola para nós. Além disso, também tivemos a oportunidade de sermos lideradas por mulheres incríveis, de altíssima competência, com um olhar humano e também com foco nos resultados.
Tais exemplos não apenas serviram – e nos servem – de inspiração diária, como também foram lições diárias para construir um dos pilares mais importantes da nossa empresa: o desenvolvimento de pessoas e a busca por talentos que só precisam de uma oportunidade para brilhar.
Opinião completamente pessoal aqui: eu também tive líderes homens muito bons, que me ensinaram e serviram como mentores e amigos. Líderes dos quais até hoje carrego muitos aprendizados. Mas dentro da minha experiência pessoal, o que pude perceber é que muitas dessas mulheres que estavam comigo na jornada, não apenas me deram oportunidades e exigiram firmemente os resultados esperados (fundamental para os saltos de aprendizagem). Elas também me conduziram pela busca da resposta, ao mesmo tempo que respeitavam meu tempo e minhas capacidades.
E hoje, na B.done, tentamos ao máximo ser essas líderes para o nosso time.
Recrutamento: Potencial X Experiência
Como vocês podem imaginar, a B.done como uma empresa que ainda nem completou um ano de casa, que vende serviços (pouco escaláveis), e que não teve investimento para começar suas operações, não é lá (ainda, sonhar não custa né?) a empresa no Brasil com maior potencial de atração de profissionais mais desejados do país.
Isso exigiu de nós a capacidade de ir garimpar no mercado nosso ouro. E ainda estamos fazendo isso, e acredito que essa será uma tarefa perene.
E por que perene? Porque, particularmente, e por aí vai.
E está sendo através desse mindset que estamos construindo o nosso time: avaliando não apenas a experiência, mas também, o potencial, valores alinhados com os nossos, e ambição. And no regrets at all!
Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas
Obviamente que uma das consequências em apostar mais em potencial que experiência exige de nós um tempo extra de onboarding com cada membro novo, e claro, uma melhoria contínua no processo de desenvolvimento e treinamento.
Por isso, uma das primeiras ações implementadas por aqui foi o onboarding das BDRs, para deixar todo mundo na mesma página sobre quem somos e o que fazemos. Além disso, o uso de ferramentas como os 1-1s são coisas das quais não abrimos mão, sejamos nós, founders com os nossos times, e também, entre nós duas.
Outra ação legal que adotamos desde o comecinho foram os talks com especialistas, onde convidamos grandes nomes do mercado em vendas e negócios para uma sessão de mentoria particular para o nosso time.
Agora estamos em fase de começar implementar alguns playbooks e aperfeiçoar nossos processos de comunicação, afinal, todo mundo põe a mão na massa por aqui quando o assunto é fechar novos negócios, não escapa um!
E claro, sempre que necessário investimos em treinamentos para o time para desenvolvimento de skills em marketing, vendas, negociação. Sabemos que muitas coisas não têm a receita de bolo. Mas muitas outras têm. Essas que tem, precisamos ter o alinhamento entre todos.
Oportunidades que criamos: encontrar o nosso ouro
Nunca planejamos ter um time 100% formado por mulheres. É muito provável que em breve isso possa mudar, afinal, acreditamos na diversidade. Mas aconteceu dessa forma, e nos enche de alegria quando olhamos para o nosso time.
Dar a ficha completa de cada um aqui ficaria extenso, e provavelmente você perderia o interesse. Então trago alguns highlights como exemplo de como tem sido nosso processo para encontrar pessoas incríveis – e dar oportunidades para os dos lados!
A primeira da turma, que está quase completando aniversário com a gente é a Wellen, e que também, é a prima da Cah. Convidamos a Well para nos ajudar part-time na empresa, já que ela já tinha outro trabalho de meio período. Segundo a Cah, a “Well era uma menina muito esperta e ligeira para fazer as coisas”, basicamente o que precisávamos para começar a montar nossas listas de contato.
A Wellen, que nunca tinha trabalhado com marketing na vida e é formada em educação física, não só absorveu o processo rápido, assumiu a job em tempo integral, hoje cuida de todo o processo de criação de listas – fundamental para que nossas campanhas sejam executadas no calendário acordado com os clientes.
Só que a Well precisou de ajuda por conta do volume de trabalho. E ela tinha uma “amiga muito esperta também” para indicar. Assumindo a responsabilidade de treinar a amiga, a Glei começou a trabalhar conosco meio período. Também educadora física e completamente fora do meio do marketing, ela um dia virou para gente e perguntou: como eu posso aprender mais sobre isso?
Pronto, foi a deixa para eu puxar ela o outro meio período e me ajudar com as atividades do marketing. Em menos de 3 meses juntas já lançamos material rico, post blog, entrevistas, e nosso LinkedIn finalmente tem cadência de postagens diárias.
A Ana Carolina, que foi recém-promovida a gerente de operações por aqui, também foi outro caso curioso. Depois de ver uma vaga nossa postada, ela mandou um TEXTÃO de apresentação para demonstrar interesse na vaga. Ficamos meio assim, afinal, cadê a capacidade de síntese dessa pessoa que quer ser vendedora?
Papo vai, papo vem, decidimos que valeria a chance. Ela também tinha disponibilidade de começar imediatamente e precisávamos muito. E ela entendia dos serviços a serem vendidos, afinal, tinha a formação em publicidade.
Depois descobrimos que também caímos como uma luva para Ana, que era professora universitária e desde que adotou sua filha, estava sem trabalhar fora para se dedicar a maternidade. Um trabalho remoto encaixaria nas necessidades dela.
Sorte nossa que apostamos nessa chance. A Ana não apenas teve uma curva de aprendizagem expressa, como rapidamente conquistou o coração de clientes e virou referência no nosso time. Imagina se tivéssemos julgado por aquele email e o tempo ausente do mercado?
E assim como temos a história da Well, da Glei e da Ana, temos da Gabi, da Rafa, da Day, da Tati, da Cah e da Brau. Todas mulheres com diferentes backgrounds, experiências, formações. Mas todas com um valor em comum: o de saber que nós podemos escolher os lugares que queremos estar.
Construir a B.done com um time que entende a importância dessa expressão, e mais do que isso, vive essa realidade, é algo muito prazeroso. Isso porque a nossa geração enfrenta diversos obstáculos, de um passado ainda muito presente no nosso dia a dia, representado pelo machismo, pelas “piadinhas”, pela estrutura patriarcal arraigada no nosso cotidiano.
Essas mulheres sabem, assim como nós, que é uma batalha diária estar aqui. Você nunca sabe qual será o posicionamento do Diretor X de uma grande marca. Ou as surpresas que o nosso dia vai trazer, com filhos, partner, casa e que muito possivelmente vão recair sobre os nossos ombros. Do exercício diário de se permitir compartilhar responsabilidades. De exigir respeito em todos os ambientes que presenciamos. Entre tantas outras coisas que só quem é mulher, sabe.
Meu lugar de mulher hoje é ajudando a colocar um tijolinho por dia na B.done, junto com um time incrível. Que a gente ainda possa criar muitos outros lugares de mulhere por aqui.
Até o próximo episódio.
A B.done conecta marcas com agências e veículos de mídia para transformar e criar novas e incríveis experiências com o mercado e otimizar seus resultados de marketing e de negócios. Quer saber como a sua marca pode conhecer o seu próximo parceiro de marketing? Entra em contato com a gente aqui.