O assunto do momento na tecnologia, é o metaverso. Metaverso é a expressão usada para denominar um espaço virtual compartilhado, que indica um tipo de mundo que tenta replicar a realidade através de dispositivos digitais. Em outras palavras, o metaverso é todo aquele universo que está dentro de jogos, onde a pessoa pode criar uma vida inteira para seu personagem. É um espaço coletivo e virtual compartilhado, constituído pela soma de ‘Realidade Virtual’, ‘Realidade Aumentada’ e “Internet”. Uma realidade que já tem quatro frentes conforme o relatório “Into the metaverse”, da agência global Wunderman Thompson Data, onde foram mapeadas as frentes emergentes: MetaLives, MetaSpaces, MetaBusiness e MetaSocieties.
MetaLives: os consumidores estão replicando seus hábitos no universo virtual, fazendo surgir mercados virtuais que estão movimentando altas cifras. Os NFTs (criptoativos) não movimentam apenas o mercado de arte, mas também negócios voltados à venda de itens para avatares.
MetaSpaces: os espaços de encontro digital estão em evolução com as tecnologias de realidade aumentada e realidade virtual. Já estão sendo vendidos terrenos no mundo digital. Em março deste ano foi vendida a primeira casa virtual do mundo, a Mars House por US$ 500.000.
MetaBusiness: Os negócios no metaverso já estão crescendo, com muitas oportunidades com marcas, anunciantes e varejistas. O gamevertising vem abrindo espaço para a nova fronteira do varejo. O próximo passo será a migração dos ambientes de trabalho para o metaverso, utilizando hologramas, avatares e workspaces.
MetaSocieties: No mundo dos games as identidades digitais já estão superrealistas. 88% dos consumidores pesquisados pela Wunderman Thompson disseram que o seu eu-digital deverá refletir os seus valores da vida real e os seus preceitos éticos. Isso abre campo para a construção de sociedades virtuais utópicas. “Pense na possibilidade de criar uma nova sociedade online, porém, fazendo da maneira certa desde o primeiro dia”, propõe Daren Tsui, CEO da Together Labs.
E atrair clientes para esse novo ambiente inovador e imersivo, podendo surpreender com as novas experiências que o consumidor terá dos produtos e serviços e, por fim, encantá-lo com esse novo palco promissor de ótimas oportunidades de negócios são as expectativas que o metaverso traz. Incitar a criatividade das marcas, dar a oportunidade de explorar novas tecnologias em seus produtos e serviços, inovando suas narrativas e enriquecendo seu marketing.
Patrícia Bordignon Rodrigues quando fala do comportamento do consumidor no metaverso no artigo: Metaverso, a nova esquina de encontros e negócios do planeta! explica: como o metaverso mudará a relação dos consumidores com as marcas? Quais serão os comportamentos esperados em tempos de metaverso, no curto e no longo prazos?
Quando pensamos nos consumidores, falamos principalmente das gerações Z e Alpha (nascidos a partir de 1995). Os millennials hoje dominam 40% do mercado e já sinalizam o que esperam das empresas: novas experiências, proximidade e tudo no tempo de um clique.
O metaverso deverá aproximar muito marcas e consumidores. Nesse ambiente imersivo, as marcas terão muito mais visibilidade junto aos seus consumidores e poderão usar esse palco para falar sobre os seus valores, seus propósitos e, ao mesmo tempo, levar informações e dicas que fidelizarão este consumidor carente desse vínculo e dessa grande oportunidade de diálogo.
Segundo estudo da Capgemini, 68% desses jovens preferem se relacionar diretamente com as marcas. A Nike, por exemplo, diminuiu a distribuição para priorizar plataformas próprias. “Mas isso não ameaça o varejo, e sim complementa essa jornada ao torná-lo mais sensível e aberto à inovação”, disse o especialista do setor Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail.
Patrícia ainda aborda que 2030, os millennials representarão cerca de 50% da população. Como essas gerações são totalmente digitais, ou seja, não pensam mais na união da loja física com a digital como as gerações atuais, o metaverso será algo bem natural e interessante para eles. Isso, com toda certeza, vai impactar diretamente nas relações de consumo.
O comportamento que mais mudou desde o ano passado foi o tempo cada vez maior que as pessoas passam online e em mundos virtuais. Sabemos que essa mudança foi acelerada pela covid-19, que obrigou os consumidores a mudarem seus comportamentos de consumo e a abandonarem seus medos de comprarem online.
E muitos consumidores mudaram para sempre os seus hábitos – não apenas pelos cuidados com a Covid, mas pela comodidade. Estamos na era dos consumidores que querem receber as sacolas na porta de casa.
Os processos mudaram: as preferências e os rituais de compra dos consumidores também mudaram. Os mais medrosos aprenderam, na prática, que comprar online funciona e que podem fazer uso dessa comodidade sem prejuízos.
Oportunidades de marketing
O metaverso promete ser transformador para o cenário do marketing digital – pelo menos, assim que as plataformas de tecnologia descobrirem como ele realmente funcionará. Por enquanto, videogames e AR/VR são dois precursores do metaverso que oferecem aos profissionais de marketing a chance de experimentar. Mas à medida que desenvolvedores de hardware como Meta, Snap e Samsung lançam headsets VR melhores e mais baratos, e jogos como Fortnite lançam novos espaços virtuais que não são focados apenas na jogabilidade, haverá ainda mais maneiras de os profissionais de marketing aproveitarem as vantagens sociais e aspectos tecnológicos do metaverso.
Os videogames dão aos profissionais de marketing a chance de testar os aspectos sociais do metaverso sem se preocupar muito com os requisitos técnicos. Nem todos os videogames podem ser considerados metaversos, mas alguns exibem qualidades prontas para o metaverso, como avatares personalizados, a capacidade de interagir com o mundo ao seu redor e um modo multiplayer.
Roblox, Animal Crossing e Fortnite são apenas alguns que se encaixam: eles permitem que os usuários criem roupas, hospedem outros jogadores em suas ilhas ou universos personalizados e saiam sem a expectativa da jogabilidade tradicional. Isso os tornou atrativos campos de experimentação para marcas, tanto para ativações pagas quanto orgânicas.
Estatística importante: os jogadores estão abertos a ver as marcas nos jogos, mas é importante considerar como os produtos da marca combinam com o ambiente do jogo. Em uma pesquisa da Comscore de junho de 2021, 42% dos entrevistados disseram esperar que a colocação de produtos seja relevante para o jogo.Parcerias pagas, como a experiência Gucci Garden no Roblox, onde os usuários podem explorar uma paisagem de sonho e comprar ou ganhar bolsas Gucci virtuais para seus avatares, alcançaram resultados estelares. Segundo o desenvolvedor, mais de 4,5 milhões de itens foram ganhos nas duas semanas em que a campanha esteve ativa, segundo o USA Today.
Enquanto isso, a capacidade de hospedar gratuitamente espaços personalizados orgânicos permitiu que as marcas se estabelecessem no metaverso, construindo uma presença persistente que seria impossível de manter pessoalmente. Por exemplo, o mundo Roblox com tema de skate da Vans trouxe mais de 61,3 milhões de visitas desde seu lançamento em abril de 2021, de acordo com sua página de destino.
Os eventos dentro dos jogos também têm muita atração: uma série de concertos de Lil Nas X em novembro de 2020 no Roblox foi vista mais de 33 milhões de vezes, por exemplo.
Uma nova era tecnológica está por vir e com o propósito de buscar melhores experiências para os consumidores do mundo físico e digital, sem esquecer da segurança e da privacidade. O metaverso é um mundo ainda a ser explorado, mas uma coisa é certa: a evolução passa não pela tecnologia em si, mas pelo que conseguimos criar a partir dela.
Explore a criatividade, estratégia e muita tecnologia com o seu parceiro ideal de comunicação, marketing ou martech. Saiba como a B.done pode te ajudar a escolher uma nova agência com assertividade e qualificação.
Fontes: emarketer por Nina Goetzen
Mercado & Consumo por Patrícia Bordignon Rodrigues
Tradução: B.done